Camp Half Blood

   Eu achava que era órfã, já que a minha mãe tinha desaparecido, e ela dizia que o meu pai teria morrido. Eu morava numa pequena casa com o meu amigo Teo. Eu tinha muita dificuldade em português, porque as letras ficavam todas embaraçadas, então eu achava que o óculos poderia melhorar alguma coisa, então eu usava.

Minha vida de garota normal mudou completamente quando um bicho muito estranho apareceu quando estávamos em excursão no jardim de petúnias Cliverfield. Por algum motivo eu sabia o nome daquela humanoide, Sphinx, uma criatura com corpo de leão e cabeça de mulher. Ela começou a me atacar, dizendo que queria vingança por alguma coisa, eu não lembro bem...Mas o mais estranho foi que depois daquilo, Teo fez uma coisa que eu nunca acreditaria que fizesse. Ele jogou suas muletas no chão e atacou a fera. E aí, ela disse “Nos encontraremos de novo, filha de Apollo”. Aquilo tudo foi um choque intenso para mim, então eu e Teo fomos para minha casa.

   Ele me contou que ele era um Sátiro, por isso tinha aquelas pernas. E ele também falou que minha mãe tinha pedido que quando esse dia chegasse, me levasse até o acampamento dos semi-deuses, o acampamento Meio Sangue.

   Nós pegamos minha moto e ele foi pilotando. Chegaríamos lá numa boa, isso se aquela bitch mística tivesse aparecido novamente, nós deveríamos estar no meio do caminho. Sorte que não havia ninguém por perto. Teo olhou para mim e jogou um arco e uma bolda dourada com flechas.

   - Não conseguirei fazer isso sozinho, vai ter que me ajudar.

   Eu afirmei com a cabeça. Eu estava meio insegura. Eu até poderia ser boa nisso, mas era um momento de extrema tensão. Eu respirei fundo e peguei uma flecha.

   - Ei bitch peluda! Olha eu aqui!

   Eu gritei e quando ela veio correndo até mim, atirei a flecha, que brilhava em um tom de dourado sol. Ela retardou e consegui das um chute que fez ela voar alguns centímetros, o que deu tempo para Teo locautea-la, mas esse tempo foi muito pouco. Ela rapidamente se levantou um pouco atordoada e trancou os dentes, pulando em cima de mim, e me arranhando no rosto e no braço esquerdo. Eu não conseguia fazer nada sem pensar antes, por isso tinha que ter um tempo para raciocinar. Já que ela estava em cima de mim, eu poderia chuta-la na barriga, o que daria tempo de atirar uma flecha. E foi o que fiz. Depois de dar um chute certeiro em sua barriga, peguei uma flecha e tirei em seu peito. Nunca pensei que teria que fazer uma coisa dessas. Teo veio até mim, nesse momento, eu comecei a sentir uma forte dor no braço por causa do corte, já que saía muito sangue, eu acabei desmaiando, eu só conseguia ouvir a voz de Teo.

   -Aguente firme, vou te colocar na moto! Estamos quase chegando ao acampamento, logo estará segu-

   Eu não consegui ouvi-lo terminar a frase, e quando acordei, ainda estávamos na estrada, e meu braço estava enfaixado.

     

   - Que bom que acordou! Eu tive que dar uma parada no mercado para enfaixar seu braço, por isso ainda não chegamos, mas o acampamento é logo ali a frente. 

   Teo sorria para mim, já estávamos na frente daquele enorme portão.

   - Obrigada Teo. – Eu falei, dando um abraço forte nele.

   Quando eu me afastei um pouco dele, vi que estava corado. Nós entramos no acampamento.

Encontramos-nos com Percy, um garoto que deveria ser uns 4 anos mais velho que eu. Seu guardião também era um Sátiro, será que isso era normal? Acho que sim. Eu logo fui encaminhada a meu chalé. Lá, tinha um bilhete de meu pai, que dizia:

Ao lado do bilhete havia uma garrafa com Néctar, um drinque dos Deuses e Ambrosia.

Todos os treinamentos eram muito difíceis, e eu tinha certa dificuldade por ser uma das mais novas, principalmente pela altura. Pelo menos, acho que até agora, mesmo tendo que lutar contra monstros, ficar no acampamento é melhor que a escola.